Dia desses, li uma reportagem antiga, de 2013, da revista Crescer, sobre uma pesquisa feita por uma marca internacional de produtos para bebês, que constatou que as mulheres levam 4 meses e 23 dias para se acostumarem com a nova rotina de ser mãe. "A chegada do bebê sacudirá a rotina da família, mas, após esse período, a nova mãe vai lidar com a situação mais tranquilamente". E não é que estou quase alcançando essa marca e já me sinto bem mais segura e de coração e mente mais tranquilos!?
Sou uma pessoa assumidamente ansiosa e adoro planejamentos. Quando soube que estava grávida, imprimi um calendário, enumerei as semanas de gestação e destaquei as datas importantes até o final do período da minha licença maternidade. Deixei-o sobre a minha mesa de trabalho e marcava cada dia que passava (-1 de espera) ... Por vezes me peguei olhando para aquela folha de papel e imaginando como seriam os meus dias / meses após o nascimento do Felipe, definindo inclusive algumas metas pessoais.
Já nos primeiros dias após o nascimento do Felipe a realidade bateu à porta e percebi a duras penas que precisava flexibilizar. Eu, sempre tão acostumada com horários, roteiros e previsibilidade tive que aprender a relaxar, esquecer do relógio, além de conviver com pequenas frustrações por não conseguir "cumprir" objetivos simples do dia a dia.
Sempre me imaginei dando conta do bebê, da casa, esperando o Fe com uma comidinha especial na mesa, toda arrumada e cheirosa, hehehehehe. A mãe e dona de casa perfeita ;). Mas, aos poucos fui entendendo que o essencial era dar conta de atender às necessidades do bebê, no tempo dele, afinal eu estava ali por ele... No momento em que deixei de controlar as mamadas no relógio e me permiti ficar de pijama até mais tarde, quando assim o Felipe me requisitava, meu coração começou a acalmar e eu pude curtir ainda mais a maternidade. O Fe foi essencial neste processo, me apoiando/dividindo as tarefas diárias, além de ouvir e entender minhas angústias.
Com o passar dos meses as dificuldades vão se transformando e a saudade já é uma realidade. "Isso passa" e "ainda vou sentir falta" poderiam ser usadas como mantra neste processo onde a mãe aprende a encontrar seu tempo no tempo de seu bebê.
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