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domingo, 29 de junho de 2014

Portugal - dia 8 - Porto e Caves de Vinho em Vila Nova de Gaia

Um lindo dia amanhece na Cidade de Porto ... 

Saímos do hotel caminhando pelas ruas do centro da cidade e a poucos metros encontramos um feirinha de artesanatos, localizada na rua Cândido dos Reis, paralela a rua Galeria de Paris. Ali tinha de tudo um pouco !!! roupas, jóias, bordados portugueses, flores e até os famosos azulejos portugueses.  



Caminhando um pouco mais encontramos a conservada Livraria Lello que situa-se na rua das Carmelitas. A livraria é considerada uma das mais bonitas do mundo. De fato o interior deste lugar é maravilhoso, são 2 pisos, ligados por uma escadaria vermelha incrível. Suas paredes e estantes são revestidas de madeira talhadas com lindos adornos e bustos de escritores e o teto é todo trabalhado, com lindos vitrais ... Pena que não é permitido fotografar no seu interior. 

Ficamos ali por algum tempo, admirando aquela obra de arte e folheando livros e revistas em Português de Portugal. Não resisti e comprei alguns clássicos da literatura portuguesa, entre eles, um compilado de citações e poesias de Fernando Pessoa. 


Um pouco adiante, chegamos a famosa Torre dos Clérigos, com os sinos da Igreja dos Clérigos e pode ser vista de vários pontos da cidade. O valor para subir na torre é 2 euros, mas  na ocasião acabamos não entrando. 


Portugal consome muito os produtos brasileiros, destaque especial para a música. Na vitrine abaixo, a letra da musica Piradinha de Gabriel Valim.


Lindos casarões no centro histórico.


A praça Liberdade fica na Avenida dos Aliados, a principal avenida e o centro da cidade de Porto. O nome da avenida é uma homenagem aos países aliados da Primeira Guerra Mundial. É ali também que encontra-se a Câmara Municipal da cidade.


Muito próximo dali encontra-se a Estação Ferroviária Central de Porto, mais conhecida como Estação de São Bento. A estação é famosa pelos seus painéis de azulejos, de temática histórica, cobrindo uma superfície de cerca de 551 metros quadrados.




Depois fomos a um dos mercados mais emblemáticos da cidade, o Mercado do Bolhão. De arquitetura neoclássica, severamente degradada, abriga barracas de produtos frescos, alimentares em sua maioria. Sinceramente, eu esperava mais do lugar, além da falta de manutenção predial, na minha opinião deixa a desejar na limpeza - com sujeira de pombos por todos os lados - e capricho por parte dos vendedores. Isso não se repete no comércio ao redor do mercado, pelo lado de fora, que possui mercearias e cafés sofisticados.


Mesmo assim, não resisti e experimentei uma iguaria muito comum nos países mediterrâneos, o Tremoço. Da família do grão e feijão, o tremoço existe há vários séculos na Europa e hoje é considerado um petisco nutritivo e pouco calórico, muito comum nas cervejarias portuguesas. Gostei!


Voltamos para o centro histórico para conhecer a Sé do Porto. No caminho encontramos uma senhora, com uma sacola nas mãos rodeada pelos pássaros da foto abaixo. Incrível como aqueles Albatrozes a seguiam desesperados... Passamos muito próximos dela e debaixo de toda aquela população de pássaros. Ficamos morrendo de medo de "sermos premiados", heheheh.


No pátio da Sé, uma linda vista da cidade ... Ao fundo, a Torre dos Clérigos, que como mencionei anteriormente, é vista em vários pontos da cidade.


Eis a Sé de Porto, um dos principais e mais antigos monumentos de Portugal, muito linda inclusive por dentro. Vale a pena uma visitinha.


Em frente a igreja, tem uma extensa área aberta cercada por balaustres onde também se tem uma linda vista da cidade e do Rio Douro. Descemos as escadarias logo em frente e seguimos uma excursão de idosos por ruas estreitas até a margem do rio. Já era hora do almoço e o cheiro de comida vindo das casas estava divino. 

 

Ufa, enfim chegamos na margem do rio, repleta de restaurantes, feirinhas de artesanatos e lembranças da cidade. Ali sentamos num barzinho muito simples - esqueci de anotar o nome - onde apreciamos alguns petiscos com uma bela cerveja gelada ... 


Já descansados daquela caminhada, cruzamos a pé a ponte Luis I.


Do outro lado do rio localiza-se a Vila Nova de Gaia, onde encontram-se dezenas de Caves de Vinho do Porto aberta para visitação, além da vista estonteante para a cidade do Porto. O lugar é um charme a parte ... Na beira do rio existe um gramado muito bem cuidado, com várias acomodações para apreciação da vista.




... e do outro lado da rua, as Caves, lojinhas e vários restaurantes disputam a atenção dos turistas ...


Caminhamos despretensiosamente pela ribeira, a procura de alguma cave interessante e quando passamos em frente a Ramos Pinto, fiquei com a impressão de já ter lido a respeito e sugeri nossa entrada. Não sei bem ao certo de onde eu tirei essa ideia, mas foi uma ótima escolha.


"Fundada por Adriano Ramos Pinto em 1880, a Casa Ramos Pinto depressa se fez notar pela sua estratégia de inovação e pioneirismo. Associada a vinhos engarrafados de qualidade, implantou-se no mercado brasileiro no início do século XX e rapidamente se tornou responsável por metade do vinho exportado para a América do Sul, enquanto ia conquistando gerações de fiéis apreciadores em Portugal e na Europa." Fonte: site Ramos Pinto.


Gostei muito da visita guiada à Cave e ao Museu Adriano Ramos Pinto - Edifício Sede. Por 5 euros tem-se a oportunidade de visitar o museu da casa, onde se pode conhecer o escritório do visionário Adriano, suas obras de arte e a famosa coleção de cartazes Belle Epoque, num ambiente único de final do século XIX. A visita, que acontece a cada hora cheia, com grupos pequenos (no nosso caso 5 brasileiros) foi muito agradável e extremamente interessante, em especial pelo entusiasmo que a nossa guia falava sobre o "Adriano e suas façanhas" e sua forte relação com o Brasil. 


Depois um passeio pela Cave com uma rápida aula sobre o vinho do porto e suas classificações e no final, o ponto alto,  a prova de 2 exemplares Ramos Pinto - um tinto e um branco. Achei o valor do passeio bem interessante pelo que proporciona.



Continuamos nossa caminhada pela beira do rio, apreciando mais um pouco a bela vista, com vontade de voltarmos mais tarde para ver o pôr-do-sol e as luzes da cidade daquele ponto de vista.



Atravessamos a ponte novamente e voltamos a pé pelas ruas da cidade, agora enfrentando uma bela ladeira. Na foto abaixo, o Palácio da Bolsa, que encontramos pelo caminho ... infelizmente estávamos tão cansados que não entramos.


Era sábado a tarde, as ruas da região estavam super tranquilas, eram poucos os estabelecimentos aberto, em sua maioria bares e algumas lojinhas específicas para turistas.


Lá pelas tantas, presenciamos uma cena um tanto exótica ... Pessoas reunidas em torno de algumas mesas dispostas no meio da rua, compartilhando um belo churrasco ao som de música tipicamente portuguesa. Tínhamos almoçado pouco e aquele cheiro de carne estava de matar ...


Chegamos na Rua Santa Catarina lá pelas 5 da tarde e "almoçamos" uma Francesinha, o prato típico da cidade de Porto. Li muito a respeito deste prato e inclusive percebemos que ele existe em praticamente todos os cardápios, mas deixamos para comê-lo ali, no lugar mais tradicional da cidade, o Café Majestic.

Estava esperando pagar caro pela iguaria, mas confesso que quando vi o valor no cardápio, quase cai de costas ... 22 euros. Enfim, pedimos uma para dividir, e foi a melhor coisa que fizemos, pois o prato era gigantesco. Na foto abaixo é possível ver o tamanho da Francesinha, mesmo dividida em 2 pratos.


A francesinha é uma espécie de sanduíche para comer de garfo e faca. Leva pão de forma, molho de tomate, carne, queijo, pimenta, ovo acompanhados de uma bela porção de batatas fritas. Enfim, não achei nada de mais, mas por outro lado foi bom ter comido no Majestic, pois do contrário eu iria ficar com a impressão que se tivesse comido ali, a iguaria seria melhor.

O comércio já estava fechando, pois eram por volta de 7 da noite, então voltamos ao hotel para nosso descanso ...

Lá pelas 11 da noite, saímos a procura de um restaurante ... As ruas estavam cheias, restaurantes e bares, que nos dias anteriores estavam tranquilos, lodatérrimos!!! Tentamos entrar um umas 3 opções com comida japonesa, mas foi impossível. Depois de rodarmos muito, encontramos um bar chamado Canelas de Coelho, e entramos. Seu cardápio de petiscos e tapas, era sofisticado e saboroso, ambiente descolado, com dj tocando vários tipos de música. Muito bacana!  


Principais gastos do dia - 2 pessoas:

Hotel - Pão-de-Açúcar - 87.50  Euros
Almoço/petiscos de frente para o Rio Douro - 10.00  Euros
Visita a Cave e degustação de vinhos do Porto - Ramos Pinto - 10.00 Euros
Francesinha no Café Majestic - 22.00  Euros
Jantar no Canelas de Coelho - Tapas Wine Bar - 15.60  Euros

Total do dia 145.10 Euros

domingo, 22 de junho de 2014

Portugal - dia 7 - Guimarães, Braga e Porto

Depois de nosso primeiro café-da-manhã na cidade do Porto, pegamos o carro para nosso passeio do dia, as cidades de Guimarães e Braga.

O dia estava lindo e o trajeto super rápido, em menos de 1 hora estávamos curtindo a primeira atração da cidade de Guimarães, o Castelo onde segundo a tradição, nasceu o primeiro rei de Portugal - Dom Afonso Henriques - no ano 1.112. 

O castelo fica em uma região alta da cidade, super arborizada e com gramado impecável.



Na foto abaixo, alguns rapazes vestidos com roupas medievais aguardavam um grupos de crianças de todas as idades para brincadeiras e jogos de época, eram tabuleiros, alvos, arco e flechas ... Ao chegarem, as crianças foram separadas em grupos, cada um com uma atividade diferente. Fiquei morrendo de vontade de entrar na fila para brincar com o arco e flecha, rs.


A entrada no castelo não tem nenhum custo. Os acessos para a torre e as laterais do castelo estavam interditadas. 


Abaixo a igreja de São Miguel da Oliveira, onde reza a lenda, o primeiro rei de Portugal foi batizado. Inclusive a pia batismal encontra-se lá, na Capela Romântica. 


Ainda no mesmo complexo, visitamos o Paço dos Duques de Bragança, construído no século XV por D. Afonso. O estilo borgonhês desse palácio reflete os gostos de Afonso I adquirido nas viagens pela Europa.  

Em 1933 foi transformado em residência oficial do presidente, após uma campanha controversa de restauração.



Faltava menos de 1 hora para o almoço, então nos dirigimos para o centro histórico da cidade, com linda e bem conservada arquitetura de época, casarões com janelas floridas e vários restaurantes com comida típica portuguesa.



Fizemos uma rápida pesquisa dos restaurantes mais populares da cidade e encontramos o Casa Amarela, uma excelente opção com pratos do dia a 7.95 euros.



Como opções de prato do dia, o Fe escolheu um mix de carnes com fritas (não lembro o nome) e eu bacalhau frito com arroz e legumes.


Após o almoço fomos para o segundo destino do dia - a linda Braga, que fica a 20 minutos de Guimarães.

O centro histórico de Braga é uma gracinha, com jardins super bem cuidados e arquitetura conservada. Muitas pessoas nas ruas e nos cafés da cidade ...  


Na foto abaixo, a torre de Menagem do Castelo de Braga e o Fe ali na escadaria, heheheh. A torre, um dos símbolos da cidade, foi o que restou do castelo, demolido em 1906. Até tentamos subir para apreciar a cidade de cima, mas o senhor que estava ali na recepção nos desanimou, dizendo que não valia a pena. 



Andando pelas redondezas, "tropeçamos" no Jardim de Santa Barbara, que fica na ala medieval do paço episcopal da cidade. O lugar é perfeito, pena que alguns canteiros de flores estavam em manutenção naquele dia. Vê-lo repleto de flores deve ser ainda mais bonito. 



E por fim, conhecemos a Sé de Braga e o Arco da Porta Aberta, uma das entradas da cidade histórica.




Seguindo nosso roteiro do dia, fomos conhecer o Santuário do Bom Jesus do Monte, que como o próprio nome sugere, fica no alto de um morro. Fomos até lá de carro, pois fica longe do centro de Braga ... O acesso acontece por uma estrada bastante sinuosa, sendo que no caminho é possível estacionar o carro e subir de elevador (funicular) ou a pé, pelas escadarias ... Nós subimos até o santuário de carro. 

As escadarias, chamadas de escadórios com 116 metros de desnível, são divididas em 3 lances: Escadório dos Cinco Sentidos - com fontes que representam cada um doa sentidos -, Escadório das Três Virtudes - com fontes da Fé, Esperança e Caridade e Escadório do Pórtico - com as capelas onde estão representadas as estações da via sacra. Infelizmente não subimos por ali, deve ser muito interessante.  


E a estação de chegada do funicular. Esse funicular é especial por ser o primeiro construído na península Ibérica e, atualmente, o mais antigo em serviço no mundo, a funcionar com sistema de contrapeso de água.


O belo Santuário católico, dedicado ao Senhor Bom Jesus, estava em processo de restauração externa. É uma das igrejas com altar mais lindo que eu já vi. São esculturas que representam a condenação, paixão e o momento da crucificação de Jesus Cristo.  



O lugar é impressionante, com mirantes, belos jardins, lagos artificiais e hotéis com ótima infra-estrutura. 




De volta a cidade do Porto, entregamos o carro num representante da Hertz na Rua Santa Catarina e aproveitamos para conhecer a região. A rua de Santa Catarina é famosa pelo intenso comércio e cafés como o famoso Majestic. 

No caminho para o hotel, encontramos uma padaria da rede Nata Lisboa - The World Needs Nata, que eu estava louca para conhecer desde Lisboa. Entramos. O pastelzinho de nata era ótimo, provei também uma empadinha de "galinha" com chocolate quente, tudo muito delicioso. 


O Fe foi para o hotel descansar e eu fiquei na Rua Santa Catarina aproveitando as lojas que ainda estavam abertas ... Quando voltei ainda era dia - em Porto escurecia por volta das 9 da noite, então também aproveitei para descansar da "bateção de pernas". 

Seguindo a dica do dia anterior, saímos para a noite por volta das 10:30, quando a região começava a ficar movimentada. Neste dia, após rodarmos pelas ruas das redondezas, entramos no restaurante Galeria de Paris, na rua de mesmo nome, e neste dia, ainda haviam mesas disponíveis. 

Jantamos muito bem - eu um lombo de salmão com molho béarnaise com legumes e arroz selvagem e o Fe um bacalhau com broa, grelos e batata a murro - ao som de música ao vivo!!! 


Por volta da meia-noite, a medida que as pessoas iam saindo, as mesas vagas eram retiradas do salão e uma espécie de balada começou a rolar no local. Muitas pessoas que caminhavam pela rua entravam e saíam do estabelecimento, que não cobrava entrada, mas exigia que o pagamento do consumo fosse feito no ato compra. 

Como estávamos numa mesa do canto, continuamos ali, bebendo um vinho, apreciando a boa música (pop rock britânico) e a movimentação do local. 

Principais gastos do dia - 2 pessoas:

Hotel - Pão-de-Açúcar - 87.50  Euros
Diária do carro 3 de 3 dias - 36.59 Euros
Combustível carro 3 de 3 dias - 35.97 Euros
Entrada Paço dos Duques - 10.00 Euros
Almoço em Guimarães - Casa Amarela - 18.00  Euros
Estacionamento em Braga - 3.00  Euros
Café com Pastel de Nata - 6.20  Euros
Jantar no Galeria de Paris - 29.50  Euros

Total do dia 226.76 Euros

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